Nesta segunda- feira comemoraremos 3 anos da Lei nº 7.946, de 06 de fevereiro de 2014, Blumenau foi a primeira cidade do Brasil a ter aprovada uma lei que garante o direito da parturiente ter ao seu lado uma Doula, além do acompanhante, os dois de sua escolha:
“As maternidades, as casas de parto e os estabelecimentos hospitalares congêneres, das redes pública e privada, localizados no município de Blumenau, são obrigados a permitir a presença de doulas durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, sempre que solicitada pela parturiente”.
A aprovação desta Lei foi um grande marco para a história da Humanização do Nascimento no Brasil, onde ganhamos forma legal em nossa caminhada pela disseminação de informações a favor dos direitos reprodutivos das mulheres.
Já sabemos, através de múltiplas vivências, relatos e estudos científicos, que a preparação desta família gestante e o acompanhamento por uma Doula durante o parto, tem muitos benefícios, em diversos aspectos, como:
50% de redução nos índices de cesariana,
25% de redução na duração do trabalho de parto,
60% de redução nos pedidos de analgesia peridural,
40% de redução no uso de ocitocina sintética,
40% de redução no uso de fórceps. (Klaus e Kennel,1993)
O caminhar objetivando respeito aos direitos das mulheres e a humanização do parto e nascimento vem ganhando força nas duas últimas décadas. Existe todo um coletivo trabalhando para que este movimento ganhe corpo e créditos. É um movimento de amor, composto por profissionais das mais diferentes áreas de atuação, onde o objetivo é garantir o direito de autonomia da gestante sobre o seu corpo, e respeito em todos os ambientes públicos e particulares sobre suas decisões relativas a gestação, parto, pós-parto e amamentação.
Hoje, os frutos deste trabalho já são colhidos por todo o Estado de Santa Catarina, através da aprovação da Lei 16.869 em 15 de janeiro de 2016, que vem no mesmo sentido de garantir o direito de todas as mulheres catarinenses de terem suas Doulas em qualquer ambiente escolhido para o parto.
Este é um movimento de amor, para que nossos filhos possam voltar a nascer – já que o Brasil vive uma epidemia de cesarianas eletivas e violências obstétricas, já sendo considerado um caso de saúde pública. E não basta nascer, queremos amor e respeito com as mães e seus bebês neste momento mágico que é o Portal do Nascimento!
Venha fazer parte desta história, ainda temos muitas conquistas para alcançar!