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Foto do escritorNascer Amor

Dia das Mães


Ouvi estes dias que estamos vivendo uma "Guerra Feminina", refleti muito sobre esta frase. Encontro verdades nela. Esta Pandemia em que vivemos nos ativa o "in", o interno, o introspectivo.

Esta fase desafiadora em que vivemos nos leva para dentro, dentro de casa, inicialmente, mas pra quem consegue ir mais a fundo, ela nos leva para dentro de nós!

E assim, recolhidos, afloram nossos medos, nossas ansiedades, nossas angústias, mas aflora também tanto amor, tempo, mais intimidade nas relações mais desafiadoras que são com as pessoas mais próximas.


Observo o masculino de nossos governantes se degladiarem tentando conduzir o país pra lá ou pra cá, as vozes femininas caladas e oprimidas neste governo. Reflito o gigantesco papel, mais uma vez, silencioso das mulheres. Introspectivamente, em cada uma de nossas casas estamos lutando a boa luta. O que é possível a cada dia. Mantendo vivos nossos filhos, gerando vida em meio as incertezas. Nós mulheres nunca deixamos de gerar ou manter a vida, somos criadoras.


Sinto muito em meu coração por cada mãe que perdeu filhos pra esta pandemia e por cada cada filho que, sem poder se despedir, perdeu sua mãe.


Que possamos criar as condições para permanecermos em casa, que possamos, neste dia tão especial respeitar nossas mães em isolamento social. Iremos vivenciar, quem sabe, o dia das Mães mais feminino, na energia de introspecção, na ligação real e mais forte que há entre nós que é o amor, amor que supera distâncias físicas e dimencionais.


Que neste dia, cada uma de nós possa sentir, em nossos corações, o poder de nossas mães. O poder das nossas Ancestrais. A força, as batalhas silenciosas, as conquistas, a criação, o amor. E que isso nos impulsione para continuarmos gerando, mantendo, atraindo, vivendo em nossos mais profundos e sagrados femininos.


Gabriela Müller



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